quarta-feira, 11 de março de 2009

O Brasil e a crise

Enquanto muitos achavam que do espancamento sofrido pelos países devido a crise mundial o Brasil teria apenas leves escoriações, a divulgação da retração de 3,6% do PIB mostrou que também estamos apanhando.
Essa notícia nos mostra duas situações.
A primeira é que os economistas que por aí palpitam estão sem moral alguma, não sabem do que falam e quando falam, só proferem besteira. Em tempos áureos prevêem crescimento, na crise preferem não comentar. Assim fica fácil.
A segunda situação é o quanto continuamos escravos da mídia!
Se pararmos para analisar, pela primeira vez o presidente Lula apoiou algo coerente: continuarmos gastando nosso dinheiro como antes (vale ressaltar que o dinheiro existe para uso racional, e até antes da crise as pessoas se endividavam gastando mais do que possuíam, não é fato novo derivado da crise). Daí podemos concluir que, se as pessoas parassem de ver TV ou ler jornais, continuariam gastando normalmente e talvez o PIB retraísse aquilo que os “sábios”economistas previam. Só que os economistas não contaram e não contam com o fator psicológico implantado pela mídia da massa.
A mídia vem nos bombardeando com alarde, espalhando incerteza e negatividade. É fato que o cenário não é positivo, mas do jeito que vemos as coisas hoje, através da mídia, nos causa uma miopia. Se dependermos deles, ficaremos em casa, pois a segurança é zero... não gastaremos dinheiro, pois “a coisa tá feia”! E por aí vai.
O PIB do Brasil tem 14% de seu total atrelado às exportações. Levando em conta que as exportações caíram, mas não zeraram, podemos induzir nosso pensamento de que a situação seria favorável.
Mas isso não aconteceu. A crise de hoje tem um alto peso psicológico, pois sua raiz vem do sistema financeiro, que é um cassino. E por ser um cassino, o risco é medido por expectativas de medo, segurança, confiabilidade. Aliás, o ser humano é movido por expectativas.
Por onde o cidadão se informa? E quando ele precisa da informação, o que lê? Depois que lê, qual expectativa ele cria? A primeira busca são as grandes redes de televisão, sabidamente manipuladoras, depois jornais de grande circulação.
Se mudássemos os hábitos, se procurássemos por canais alternativos de informação, se fizéssemos aquilo que nossa consciência sabe que podemos fazer, agindo com prudência, honestidade e transparência, as expectativas seriam melhores, os cenários otimistas e a crise menos grave.
Se o ser humano não fosse ganancioso, se soubéssemos que podemos confiar nas pessoas, que não querem nos passar pra trás e tirar vantagem, nossas expectativas em relação aos outros seriam melhores.
Colocam o dinheiro à frente e esquecem as pessoas. Colocam os interesses à frente e esquecem o respeito.
A cada dia que passa temos a certeza de que a crise é muito mais em nossas mentes, e, conseqüentemente, nossos bolsos são afetados. Uma coisa leva a outra.
Simples assim, mas difícil de reconhecer e buscar mudanças!

2 comentários:

Anônimo disse...

putz cara, para ser sincero eu me afastei um pouco do assunto, sério.
o terror que foi criado estava me fazendo mal, todo dia ficava na esperança de o dólar cair e as pessoas pararem de ser mandadas embora.

é complicado vc ver empresas se desesperar e produzir apenas demissões, em alguns casos, precipitadas. justamente por causa do barulho.

hj prefiro ver meus programas de skate do WOOHOO à ler sobre crise, pois foi a forma que encontrei para continuar levando a minha vida q levava antes, sem ficar com medo de um infarto, hehe.

pois no final das contas, os verdadeiros atingidos por esta crise, foram os que estavam crescendo, pelo menos no brasil.

abraxxx,

Bruno disse...

Só o socialismo salva, eu ainda nao sou um comunista, só estou esperando o resultado de um concurso publico no INSS, mas qdo passar,vou abraçar a causa mais ainda e me filiar no PSOL, pq o Estado conforta, o Estado salva... Viva Che, Viva Fidel, Viva o Erário Publico... Morte aos fetos liberais.